quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ser coletivo


Por Jeronimo Calorio (*)

A palavra coletivo remete à idéia de união, de agrupamento, de coesão entre elementos. Não foge, então, à função que lhe é atribuída quando se fala em coletivo estudantil. A idéia de um coletivo estudantil é a de que ele seja a união de vários estudantes em prol de um fim, podendo ou não padronizar seus meios.


Mas isso não é o suficiente. Não basta, de modo racional, dizer que concorda ou discorda de seus semelhantes e achar que por isso se faz a sua parte em um coletivo. Não basta também que os integrantes tenham apenas meios padrões e que por eles se façam suas ações, obtendo êxito apenas quando o fim foi atingido (ou tangido) e considerando por fracasso todas as tentativas que não o alcançaram. Um coletivo estudantil é mais do que isso.


É, antes de tudo, paixão. Sentir parte dos objetivos, compartilhar deles. É realizar cada ação como se fosse algo pessoal, mas que não seja para você mesmo. Como andar de pés atados com outra pessoa, que quando se dá um passo certo é uma comemoração, e que quando se leva um tombo são só risadas. É sentir uma parte sua nos outros, e vice-versa. É ser altruísta em momentos tensos e ter orgulho disso, sem temer a não reciprocidade. É não ter medo de ser o coletivo, de agir por ele, de colher os seus loros e de receber os tomates podres. Tem-se que enxergar os humanos que o compõe, e o humano que o grupo deve se tornar. É ser assim, um por todos e todos por um, até que os fins se tornem realidade e as utopias já não sejam apenas imaginários.

(*)Jeronimo Calorio Pinto
Estudante de Comunicação Social - UNB
Membro da Diretoria Administrativa do CACOM
Membro da União dos Estudantes Independentes

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